terça-feira, 2 de março de 2010

momentos


Sou feita de momentos, e de lembranças e hoje me deu vontade de blogar. Esse súbito desejo veio qunado eu estava no ponto de ônibus da faculdade e observei o bar que tem do outro lado da rua repleto de calouros e veteranos co um copo de cerveja na mão, e foi neste momento que relembrei do primeiro ano da faculdade, das crises existenciais, das mudanças, me senti velha e caiu a ficha que por amis que eu faça outra faculdade, já não entrarei com a carinha de bebê que entrei nessa, não participei de trote, não enchi a cara e não fui esmolar na rua, pra você ter idéia nunca levei uma ovada na vida!!! Certinha, aliás hoje eu estava toda nostálgica (aliás ver calouros com aquela cara de bebê é nostálgico pra quem está no último período da faculdade, 8° óóóóóóó), relembrando o quanto eu era certinha, posso dizer que ainda sou, mas muuuuuuuuuuita coisa mudou, porém outras nem tantas, poderia dizer que me perdi no meio de todo o processo, mas digo o contrário, me encontrei, me descobri uma guerreira, porém vi e vejo o quanto a ingenuidade ainda impera a minha vida, o quanto boto fé nas pessoas, e isso me aflige um pouco, o medo da decepção, daquelas traumáticas, mas, ter medo é deixar de viver e a vida é uma só, por isso ainda opto por ter fé, fé que Deus vai interceder por mim diante da maldade humana.

Feita em verdade, esconder é um sacrifício, calar-me é um suplício porém me descobri só segredos, envolta no mistério da minha própria aura, aprendendo a jogar de maneira hábil com meus próprios sentimentos, tentando enganar meu coração, no entanto eu mesma sei que não consigo me enganar, pulsa o desejo de me entregar porém (como sempre) me controlo até o último segundo (aprendizado vindo desde a mais tenra idade). Também ainda existe o desejo, dolorido, repleto de cicatrizes de que o passado fosse diferente, feita em dor e remorso de coisas que fogem do meu controle. Aliás toda controle, a vontade de ter o presente, o futuro, o coração nas mãos, a independência plena; o maior desejo, feita em sonhos.

Sonhos que me impulsionam a lutar, e mais que me ajudam a acreditar;

E de momentos, a música que está neste em minha cabeça é:

"Minha garganta estranha, quando não te vejo, me vem um desejo doido de gritar,
Minha garganta arranha tinta e os azulejos do teu quarto, da cozinha, da sala de estar...(2x)
Venho madrugada perturbar teu sono, como um cão sem dono, me ponho a ladrar
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso, tua cabeça enloqueço, faço ela rodar...(2x)
Sei que não sou santa, às vezes vou na cara dura, às vezes ajo com candura, pra te conquistar
Mas não sou beata, me criei na rua, e não mudo minha postura só pra te agradar...(2x)
Vim parar nessa cidade, por força das circunstâncias, sou assim desde criança, me criei meio sem lar
Aprendi a me virar sozinha, e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar...(4x)"

Garganta- Ana Carolina